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Mudanças na Matriz Energética da Indústria de Alimentos: Uma oportunidade para a Sustentabilidade


A indústria de alimentos, crucial para a economia global e a sobrevivência diária de bilhões de pessoas, enfrenta o desafio de reduzir seu enorme consumo de energia e sua significativa contribuição para a emissão de gases de efeito estufa. As mudanças na matriz energética dessa indústria são um imperativo para promover a sustentabilidade e garantir um futuro mais verde e responsável. De acordo com Ferreira e Silva (2023), essa indústria tem um papel importante para o abastecimento de alimentos no Brasil e para o desenvolvimento econômico, sendo responsável por 13,1% do consumo de energia elétrica do setor industrial.


A biomassa se destaca como uma fonte de energia renovável particularmente promissora para a indústria de alimentos. O setor agroindustrial gera quantidades consideráveis de resíduos orgânicos, os quais podem ser convertidos em biocombustíveis como biodiesel e bioetanol de primeira e segunda geração. A utilização desses biocombustíveis em caldeiras e motores oferece uma solução sustentável para a geração de energia, além de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa em comparação aos combustíveis fósseis.

A valorização energética dos resíduos orgânicos através da biomassa não apenas contribui para a geração de energia limpa, mas também promove uma gestão eficiente de resíduos, minimizando o descarte em aterros sanitários e seus impactos ambientais negativos. Além disso, a utilização de energias renováveis diminui a dependência da indústria de combustíveis fósseis, mitigando os riscos associados à volatilidade dos preços e à escassez desses recursos, a solar, eólica e biomassa são alternativas viáveis e sustentáveis às fontes não renováveis tradicionais.


Outra tendência importante no momento é a de uma neutralização de carbono. A neutralização de carbono é um conceito vital na jornada da indústria de alimentos rumo à sustentabilidade. Empresas estão se comprometendo a reduzir e compensar suas emissões de carbono, buscando alcançar a neutralidade de carbono. Isso envolve não apenas a redução das emissões diretas, mas também a compensação das emissões remanescentes por meio de projetos que removem ou evitam a emissão de carbono na atmosfera, como o reflorestamento, compra de créditos de carbono e investimentos em energias renováveis.


O ESG (Environmental, Social, and Governance) tornou-se um parâmetro essencial para medir a sustentabilidade e o impacto ético das empresas. A indústria de alimentos está cada vez mais alinhada com os princípios ESG, integrando práticas sustentáveis em suas operações e estratégias. Isso não só melhora a reputação da empresa junto aos consumidores conscientes, mas também atrai investidores que valorizam a responsabilidade ambiental e social.


Apesar dos avanços, a transição para uma matriz energética mais sustentável enfrenta desafios significativos. Investimentos iniciais elevados, infraestrutura inadequada e a necessidade de adaptação tecnológica são barreiras que a indústria precisa superar. No entanto, os benefícios a longo prazo, tanto econômicos quanto ambientais, tornam essa mudança inevitável.


A conscientização e o engajamento do público também desempenham um papel vital. Consumidores estão cada vez mais informados e exigentes quanto às práticas sustentáveis das empresas. Portanto, a transparência e a comunicação eficaz sobre os esforços energéticos sustentáveis são essenciais para ganhar a confiança e o apoio do mercado.


Embora a transição para uma matriz energética mais sustentável seja uma tendência crescente, ainda há uma escassez de conteúdo específico voltado para a aplicação dessas práticas na indústria de alimentos. Esse cenário representa uma oportunidade significativa de mercado e de pesquisa.

 

Data: 25/07/2024

Autor: Fellipe Freire


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