Empreendedorismo e Startups no Setor de Alimentos
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Empreendedorismo e Startups no Setor de Alimentos

Entrevista Técnica, 11:10h 07 de Janeiro de 2022, para empreendedores de alimentos


Através da sua experiência, Lorena Coimbra compartilha como consolidou sua empresa e debate sobre os impactos do empreendedorismo e startups.


Fale da sua trajetória na área de alimentos e seus principais desafios.


Eu iniciei minha trajetória ao me formar em Engenharia de Alimentos em 2013 na UFRRJ. Antes de me formar já havia estagiado em uma multinacional de gelados comestíveis e já havia conseguido meu primeiro emprego em uma empresa nacional de bebidas não alcoólicas e não carbonatadas a base de chá. Então toda minha primeira experiência foi pautada em cima de sistema de gestão de qualidade e segurança de alimentos. Fiz minha especialização em segurança de alimentos. Trabalhei em uma pequena empresa familiar, onde fui responsável pela qualidade de salgados assados integrais. Foi neste período, 2016, que decidi empreender.

Empreender sempre esteve muito próximo a mim, a ideia de ter meu próprio negócio me acompanha desde muito tempo. Minha primeira empresa foi a Koky Alimentos, junto com meu ex sócio, Bruno Rafael, produzíamos doces inclusivos, que não possuíam lactose e não havia adição de açúcar. Participei da minha primeira aceleração de negócios em 2018 e neste período a KoKy já não estava muito bem. Mesmo tendo feito várias feiras gastronômicas, vendido para lojas de produtos naturais, ainda não tínhamos o giro necessário do produto para manter a empresa. Durante este tempo eu comecei a fazer consultorias, pois sempre haviam empreendedores buscando um profissional de alimentos para ajudar em suas produções.

Então, em 2019 decide fechar a Koky e fundei a Foodtech Consultoria, nisso já se vão 3 anos. Neste meio tempo terminei meu mestrado em Ciências e Tecnologia de Alimentos na IFRJ e em 2020 participei do Sancathon Food Service da USP de São Carlos. Um hackathon que buscava soluções para a cadeia de food service durante a pandemia. Minha ideia junto com meus companheiros, ficou em 3º lugar e decidimos fundar após a maratona a Hort-e, uma startup que une os produtores rurais a estabelecimentos comerciais e ano passado participamos da aceleração Tech Start Food Innovation para food techs.

"Meus principais desafios são levar a área de alimentos para cada vez mais lugares, e impactar as pessoas positivamente com meus empreendimentos".


Conte quais motivos lhe levaram a abrir negócios neste setor.

Hoje sou apaixonada pela área de alimentos. Não sei quando isso aconteceu, mas hoje em dia não me vejo trabalhando em outra área. Então abrir um negócio nesta área foi instintivo. Acredito que minha missão pessoal seja ajudar pessoas, então na consultoria eu consegui aliar meu objetivo pessoal com meu objetivo profissional.


Diga quais projetos e/ou pesquisas que desenvolveu na Foodtech. Comente sobre esses trabalhos.

Em três anos já realizamos muitas coisas! Desenvolvemos produtos veganos dos mais variados tipos. Já conseguimos desenvolver uma cepa para fermentação de um iogurte vegano, usando a própria base vegetal, projetamos fábricas do zero e já tivemos até aluno de Portugal.


Como você analisa o crescimento de startups no Brasil? E como podem impactar no mercado?

As startups tem crescido cada dia mais, por conta da rápida entrega e do crescimento escalável. Aliada a grandes demandas impulsionadas por editais de inovação ou inovação aberta, cada vez mais vemos este tipo de empresa surgir no Brasil.

E cada vez mais veremos soluções na área de alimentos sendo guiadas por startups.

Antigamente a maioria das startups de alimentos eram focadas em produtos, mas tenho observado um aumento nos segmentos de ingredientes e tecnologia da informação, o que com certeza impactará a indústria.


Cada vez mais os hábitos dos consumidores estão definindo tendências. Poderia falar como estas tendências influenciam em empresas/startups e como esses quesitos influenciam na área de Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos?

Antigamente quando falávamos sobre inovação, víamos a indústria ditando as tendências. De 2016 para cá, desde o boom das redes sociais por foto e vídeo, observamos o consumidor pressionando o mercado para ter cada vez mais produtos saudáveis, sustentáveis, inclusivos e acessíveis. Com a rápida disseminação da informação, o óbvio em ficado para traz, e cada vez mais o consumidor busca produtos que tenham relação com sua vida e seu modo de agir e pensar.

Um grande exemplo é a tendência de alimentos que auxiliem no bem estar mental este ano. Um ano que veio logo após a pandemia e que mexeu com nosso psicológico. E em 2020 falávamos do bem estar físico e funcional, e um ano depois falamos sobre o mental. Então cada vez, mais o P&D deve observar o consumidor e o meio em que vive para desenvolver produtos que irão impactar seu estilo de vida.

 

Autora: Jade Guedes


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