Inovação na Indústria de Alimentos
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Inovação na Indústria de Alimentos

Entrevista Técnica, 08:26h 18 de março de 2022, para empreendedores de alimentos


Convidamos a Fernanda Matta para compartilhar um pouco da sua experiência atuando com inovação dentro da indústria de alimentos, trazendo a importância de se investir nessa temática.


Fale sobre você

Eu sou PhD em produtos naturais pela University of Surrey, UK e graduada em Química pela USP. Durante minha experiência internacional, tive a oportunidade de liderar projetos com ingredientes naturais brasileiros. Meu objetivo pessoal e profissional é fomentar a revolução do sistema alimentar, criando soluções que nutram corpo e planeta, e sempre valorizando todos os elos da cadeia. Sou também mentora de startups de alimentos no programa de aceleração Founder Institute, Finlândia. E hoje, trabalho com Inovação & Tendências na Puravida, criando conexões entre as tendências de mercado e consumidor às estratégias da marca.


Por que inovar na indústria?

Vivemos em um sistema alimentar falido, em um mundo onde a insegurança alimentar cresce e convive com alto níveis de doenças associadas à má alimentação, como a obesidade e diabetes. A indústria de alimentos é também responsável por grande parte das emissões de gases do efeito estufa, além do uso de terra no planeta. Somos gigantes e co-responsáveis pelo futuro que queremos ver no mundo, e para chegar até lá precisamos revolucionar nossa indústria.

Como posso fazer isso de forma mais assertiva?

Podemos nos inspirar em indústrias vizinhas como as de tecnologia que têm inovado de maneira rápida e eficiente, desenvolvendo produtos e criando serviços que mudaram nossa vida nos últimos 5 anos. Porém, temos as nossas particularidades e é testando, errando e aprendendo que iremos desenvolver um jeito próprio e ágil de inovar. O que parece óbvio, mas não é; manter sempre o foco no consumidor, criando soluções para dores reais.

Pode citar um exemplo prático de como aplicou isso no seu dia a dia?

Tendo um olhar observador e buscando questionar o porquê das coisas, podemos aplicar a criatividade para diversas soluções do dia a dia. E para ser mais criativo, é preciso ser curioso, se interessando por diversos temas, inclusive os mais distantes do seu campo de atuação. Conhecer pessoas com experiências diferentes também é importante, pois a diversidade é chave para a inovação. E na hora aplicar tudo, poder testar, testar (errar) e aprender como fazer as coisas melhor.

Qual a importância do Design Thinking nesse processo?

O Design Thinking nos ajuda a trilhar um caminho entre o consumidor e o produto, mas é também uma nova lente, trazendo uma perspectiva não linear, para resolução de problemas. É uma ferramenta que nos conecta ao consumidor, trazendo empatia durante todo o processo. Permite que possamos ter instrumentos para aplicar os conceitos da inovação, errando e mudando de rota de maneira rápida.

O que você diria para quem quer inovar e se sente perdido? Tem alguma dica?

Entender primeiro a maturidade de inovação da empresa, ou se for autônomo, avaliar os seus recursos disponíveis. Assim, entendendo cada momento, podemos pensar em uma estratégia de inovação, e quais são os passos para isso. É preciso estar aberto aos erros e entender que inovar envolve muitas incertezas, que não há resposta para tudo, e que é preciso colaboração de diferentes olhares para uma solução mais inovadora.



Podemos observar que a inovação está diretamente atrelada a melhorias não só na forma como nós iremos nos alimentar, pensando em suprir as necessidades que vem surgindo, como também é fundamental quando pensamos no impacto que temos no nosso ecossistema. Precisamos pensar “fora da caixa” cada vez mais, olhando o que está ao nosso redor como fonte de inspiração e buscando diferentes formas de sermos eficientes nesse processo.

 

Autora: Leidjane Pereira

Estagiária de Engenharia de Alimentos | Foodtech Consultoria

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