top of page
Buscar

Novos ingredientes na indústria de alimentos

Foto do escritor: FoodTech ConsultoriaFoodTech Consultoria

 O mercado de alimentos está passando por uma transformação significativa, impulsionada por novas demandas dos consumidores que buscam produtos mais saudáveis, sustentáveis e inclusivos. Essa mudança tem estimulado o desenvolvimento e a aplicação de novos ingredientes na indústria de alimentos, como proteínas vegetais, Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), aditivos e coadjuvantes tecnológicos, além de ingredientes funcionais como a biomassa de banana verde, voltados para atender às exigências de produtos sem glúten, sem açúcar e sem lactose. Esses ingredientes têm se destacado por sua versatilidade, valor nutricional e capacidade de criar alternativas para dietas restritivas e novos nichos de mercado. A seguir, veremos mais detalhes sobre esses ingredientes e suas aplicações.


 1. Proteínas Vegetais

Como o aumento da preocupação ambiental e a busca por alternativas às proteínas animais, as proteínas vegetais têm ganhado relevância. Soja, ervilha, grão-de-bico, e lentilha são algumas das principais fontes, oferecendo um alto valor nutricional e perfil de aminoácidos que pode ser comparável ao das proteínas de origem animal. Esses ingredientes são utilizados em produtos como hambúrgueres vegetais, leites vegetais e snacks. A proteína de ervilha, por exemplo, é valorizada por ser hipoalergênica, atendendo consumidores com intolerâncias a outros tipos de proteínas. A demanda por alimentos à base de plantas reflete o movimento de uma dieta mais equilibrada e sustentável.



 2. PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais)

As PANCs têm surgido como uma opção inovadora na alimentação, promovendo a diversidade alimentar e a sustentabilidade. Plantas como a taioba, ora-pro-nobis, beldroega e capuchinha são exemplos de alimentos pouco explorados, mas que possuem alto valor nutricional e grande potencial na indústria de alimentos. Elas são ricas em vitaminas, minerais, fibras e proteínas, e podem ser incorporadas em massas, pães, biscoitos e outros produtos. O uso das PANCs também contribui para a preservação da biodiversidade e pode ser uma alternativa interessante para o aproveitamento de recursos locais e sazonais.


3. Fibras Pré-bióticas: Inulina e FOS (frutooligossacarídeos)

São fibras solúveis que atuam como prebióticos, ou seja, promovem o crescimento de bactérias benéficas no intestino. A inulina é extraída principalmente da chicória e é usada em produtos lácteos, pães e cereais, proporcionando uma textura mais suave e umaumento no teor de fibra sem alterar o sabor. Galactooligossacarídeos (GOS): São outra forma de fibra prebiótica que ajudam na saúde intestinal. Esses compostos são comumente adicionados a fórmulas infantis e produtos lácteos.


 4. Aditivos

A talmatina é exemplo de uma proteína edulcorante extraída da planta Thaumatococcus daniellii, encontrada principalmente na África Ocidental. Ela é conhecida por ser extremamente doce, com uma doçura cerca de 2.000 a 3.000 vezes superior à da sacarose, mas sem fornecer calorias. Ao contrário de outros adoçantes, a talmatina é uma proteína e, portanto, tem um perfil químico distinto dos carboidratos usados como açúcares.


 Esses novos ingredientes refletem um movimento global de mudança de hábitos alimentares, voltado para um consumo mais consciente e saudável. Ingredientes como proteínas vegetais e PANCs estão alinhados com a busca por alternativas mais sustentáveis e diversificadas,. Produtos sem glúten, sem açúcar e sem lactose atendem a um público cada vez maior que, por questões de saúde ou preferências pessoais, busca produtos adaptados às suas necessidades. A inovação nesses ingredientes não apenas responde às demandas dos consumidores, mas também amplia as possibilidades criativas da indústria de alimentos, oferecendo alternativas que conciliam sabor, saúde e sustentabilidade.


 

Data: 09/10/2024

Autora: Julia Lahud

28 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page